O 3° ano em Espírito Santo do Turvo
Em 2008 o projeto teve continuidade no município, com o patrocínio parcial da Fundação Software AG. Foram ministradas cerca de 72 horas-aula para os professores do ensino infantil e ensino fundamental, em duas turmas paralelas, em vários encontros durante o ano. O trabalho culminou com uma exposição pedagógica e apresentações artísticas realizadas no fim do ano letivo, onde foram expostos os cadernos e demais trabalhos realizados pelos alunos dos participantes no projeto.
A capacitação foi feita por professores da Escola Aitiara, de Botucatu. Para o ensino infantil atuam como capacitadoras Marisa Cristina dos Santos e Sandra Regina Schorn, e para o ensino fundamental Karla Christine de Figueiredo Neves, Valquiria Cassimiro da Silva e Gisela Borkowske.
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Depoimentos
“As capacitadoras do projeto passam muitas coisas novas que podemos aplicar com os alunos, que podemos usar em sala de aula, tanto a parte prática quanto o conteúdo. Esse lado mais humano da Pedagogia Waldorf devia ser passado nas faculdades também, além dos outros conteúdos e metodologias. É uma realidade tão perto … eu acho que eles (os responsáveis pela formação de professores) tinham que universalizar mais esse lado da Pedagogia Waldorf… Estamos lidando com serem humanos, não é? Conhecer os setênios, os temperamentos, pra saber o que a criança pensa, como ela é em cada época.”
Ângela Lucilene Ferreira
EMEF Antônio Gonçalves das Neves
“Eu acho que durante o projeto eu melhorei como ser humano, porque a partir do momento que eu quero o melhor para o meu aluno, eu tenho que melhorar eu primeiro. Então tenho que aprender mais, tenho que saber mais para poder ensinar mais, e depois de tantos anos no magistério me deu vontade de aprender mais. … me deu aquela vontade de voltar a estudar, voltar a aprender e ter mais conhecimento e aprender mais sobre o ser humano. Pra resumir tudo, pra aprender mais do ser humano, não de método ou coisas que qualquer um pode ter, mas poder me tornar um ser humano melhor e poder desenvolver numa criança o melhor dela também.”
Maria Teresa Fontana Cerqueira
EMEF Antônio Gonçalves das Neves
“Eu gostei muito do projeto, foi uma experiência nova, diferente, que trouxe bastante vivência. É importante para as pessoas a prática, e não só a teoria. Eu cresci um pouco mais na parte artística. Eu antes não usava aquarela com as crianças, então trouxe a vivência da aquarela, dos trabalhos manuais, trouxe outra visão. A matéria às vezes é só teoria e a aquarela, os contos de fadas trazem a vivência do sentimento para as crianças. O importante é a formação dessa pessoa como um todo, e não somente sair uma máquina daqui, sabendo calcular, sabendo ler tudo, escrever tudo… não. A pessoa tem que ser muito mais do que isso. Tem que sair daqui um ser humano completo. Sair não só com a base teórica, mas também com sentimento, respeito pelo colega, convivência na sociedade.”
Cláudia Ferreira Bueno Oliveira
EMEF Antônio Gonçalves das Neves
“Quando a gente faz pedagogia, faz aquele estágio que nem é um estágio. A gente chega lá e o professor assina porque nem quer que a gente fique na sala – “assino quantas aulas quiser, e vai embora!” – , e isso acaba fazendo até falta, por que não tivemos vivências com os alunos. Aí a gente pega uma classe e diz “meu Deus, o que é que eu vou fazer?”. Agora, com a Pedagogia Waldorf, o que primeiro a gente vê? Primeiro a gente tem que conhecer a criança para depois saber o que a gente vai trabalhar. E a gente tem que conhecer cada um, os temperamentos. Aí é legal também porque agente vai conhecendo cada criança e também é um ensinamento para a gente, mais até do que para a criança, porque a gente acaba voltando a ser criança também e aprende com eles. Mais aprende com eles do que eles com a gente, sempre, sempre. A gente dá uma atividade e não espera aquele retorno, e de repente “nossa, que trabalho bonito!”. Então é isso. A gente acaba aprendendo mais com eles do que eles com a gente, porque eles aprendem na brincadeira, tudo para eles é brincadeira. Então é muito legal.”
Zilda Aparecida Martins
EMEF Antônio Gonçalves das Neves