3 de novembro de 2017

Corujas

 

Impressão ou PDF

 

poema de Ruth Salles

Xilogravura de Mônica Stein Aguiar

,

As luzes da lua
clareiam as sombras,
e as vozes das aves
que voam nas noites
escuras, escuras,
suspiram, sussurram:
“Mu-ru-cu-tu-tu…”

Nas torres, nos ramos
das árvores quietas,
serenas corujas
dos olhos redondos
espiam, espiam,
espreitam, espreitam.
“Mu-ru-cu-tu-tu…”

Barulhos, rumores
no passo das horas,
são leves, são poucos,
mas sempre essas aves
escutam, escutam,
espiam, espiam.
“Mu-ru-cu-tu-tu…”

As asas levantam
– que noite de espantos! –
Seu vôo em silêncio…
Seu vôo em segredo…
Deslizam na noite
dois olhos acesos!
“Mu-ru-cu-tu-tu…”

***

Compartilhe esse post:
Facebook
WhatsApp
Twitter
Email

Mais posts