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(B M D N R L G X F S H T)
poema de Ruth Salles
Isabela é tão bela, ela baila como a brisa.
Junto ao mar, que vem de manso, ela move suas mãos.
Na cadência dessa dança, seus dedinhos dão adeuses.
Entra n’água e nada nela, como nuvem, como ninfa.
Já na rua, risca a roda, e ela roda, e todos riem.
Seus colares azulados brilham leves como luzes.
Sua gola tem uns guizos. Quanta graça tem agora!
– Olhe a chuva! Ponha o xale! “Oh, quem chega? Quem me chama?
O ar de fora é uma festa! Minha face se refresca!
Quando subo, vou descendo, vou passando, vou dançando!”
E ela: “Ha!” E gira: “Hei!” E paira: “Hô!” E vira e vira.
E entra em casa então cantando uma trova tão antiga…
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