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poema de Ruth Salles
Corre, corre a lebre
dentro da floresta.
Quer que se celebre
uma boa festa.
Pois achou a horta
de cenoura e alface.
Quem abriu a porta
para que ela entrasse?
E dá seus pulinhos,
corre e não se cansa,
chamando amiguinhos
para a comilança.
E agora ela salta,
fora da floresta,
com tudo o que falta
para sua festa.
Pronto! Preparou
uma mesa farta.
Só não convidou
a raposa e a marta.
“É que elas se atrevem
– já ouvi contar –
a comer a lebre
que se descuidar.
Do que há na horta
não fazem questão.
Fecho bem a porta,
não convido, não!”
***