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poema de Ruth Salles
Onde anda ela?
Pela terra.
Ela anda em ondas
e abre alas
entre os muros duros
sob o solo;
e os escuros muros
torna novos,
moles e macios
para a lavra.
Filtra finos rios
onde cava;
úmidos respiros
para as plantas.
Longos labirintos
ela trança,
onde a vida escorre,
que renova.
Como come o solo!
E ele logo
ao solo reverte
bem diverso.
Nasce de seu rastro?
Terra fértil.
A terra e a minhoca:
fina troca.
***