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poema de Ruth Salles
Caracol vem devagar,
sem ter perna, sem ter pé.
Mas então como é que é
que consegue caminhar?
Pois eu sei o que ele tem
bem debaixo da casinha!
É uma sola molhadinha,
que desliza muito bem.
Na geleia que ela solta,
vai nadando o caracol,
e depois do pôr-do-sol
eu espio à toda a volta:
Vejo um rastro como esteira
prateando o chão escuro.
Caracol subiu no muro,
foi dormir lá na videira!
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