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poema de Ruth Salles
Nas patas traseiras
sentada no chão,
não é cachorrinho.
Que será então?
Sossegada e mansa,
seguindo meus passos,
não é cachorrinho.
Que será que eu faço?
Roeu minha abóbora,
o milho e o arroz.
Se rói tudo, tudo,
que faço depois?
Se quero pegá-la,
assobia assim…
chamando a família,
e foge de mim!
Mergulha no rio
e pula e rebola,
e come a plantinha
que n’água se enrola.
De pêlo tão duro,
tal qual um porquinho,
em volta da casa,
sem ser cachorrinho!
Não posso puxá-la,
pois rabo não tem.
Mas chamo baixinho.
Será que ela vem?
Se eu ando, ela anda.
Se eu paro, ela pára.
Quem sabe seu nome?
Será capivara?
***