Respiração
poema de Ruth Salles Lá fora, forte, o galo canta louvando a vida. Meu canto eu guardo na garganta, canção contida.
poema de Ruth Salles Lá fora, forte, o galo canta louvando a vida. Meu canto eu guardo na garganta, canção contida.
poema de Ruth Salles Vida brilha em mim. Vida quis fluir de mim. Vida se irradia em tudo assim. Em mim. De mim. Sem fim.
poema de Ruth Salles Avança a noite: todo o peso de suas sombras desce nos ombros das estradas. Vão as estradas e despejam tudo na primeira lagoa enluarada.
poema de Ruth Salles Eu moro do lado de lá do lago, nem no fundo nem no raso, nem na tona nem na margem, nem no centro… Eu faço a minha viagem na asa do lado de lá do vento, sem rumo nem tempo. Fui aonde não achei, antes de ir, voltei…
poema de Ruth Salles Lá na cancela do xaxim desencantado mora a bruxa Taroena de chinela e de chinó.
poema de Ruth Salles B À beira da baía M movem-se as marolas; D descem e dão na areia, N nem se aninham nela: R rolam, rolam L e logo voltam. G A água esgota algumas gotas entre os grãos de areia X e chama a…
poema de Ruth Salles Quem vem vindo? É o vento! Vibra e voa em todo o atalho. Brita a pedra só com o sopro, varre a vespa do seu galho. Pula e ulula e zune e assusta, torce o tronco, trinca a telha. Portas pendem, vidros voam, treme a tarde e se avermelha. Some o…
(B M D N R L G X F S H T) poema de Ruth Salles Isabela é tão bela, ela baila como a brisa. Junto ao mar, que vem de manso, ela move suas mãos. Na cadência dessa dança, seus dedinhos dão adeuses. Entra n’água e nada nela, como nuvem, como ninfa.
condensado da peça “A Espada de Siegfried” poema de Ruth Salles Regin, Regin trabalha na forja, na fornalha e na bigorna. – Malha ferro, ferreiro, na forja, dá-lhe fio e dá-lhe forma!
poema de Ruth Salles (V) Vem o vento, e o verde vale vibra. Voa a vela ao vento vindo.
(S – P – M – T D – C QU – Ô OU – R) poemas de Ruth Salles (S) O som do sino não é o som que sopra do sax, não é o som que soa da cítara. O som do sino é um som do céu, divino.