13 de outubro de 2017

A maçã adormecida

 

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Peça baseada no poema homônimo de Robert Reinick.

de Ruth Salles

A criança pede ajuda ao sol, ao passarinho e ao vento para que a maçã caia do galho. Qual deles consegue?

PERSONAGENS: Coros / Macieira com maçã / Criança / Sol / Passarinho / Vento.

O coro canta e fala junto com todos. Cada
personagem se destaca do coro quando for
sua vez. A macieira fica de lado e balança de
leve com a maçã.

COROS (cantam):
“Oh, linda maçã! Quem vai conseguir
que ela caia de seu galho,
onde balança a dormir?”

CORO 1:
– Linda maçã na macieira,
de bochechinha bem vermelha,
fez sua cama na verde rama
e, balançando, vai-se embalando.
Lá no alto indo e vindo,
vê-se bem que já está dormindo.

CORO 2 (enquanto a criança se destaca):
– Uma criança, nessa hora,
cá embaixo põe-se a pedir:

CRIANÇA (diante da macieira):
– Vem, maçãzinha, cai agora
e para logo de dormir!
(para o público):
– Eu peço que peço, eu chamo que chamo,
e quem disse que ela caiu?
Nem se mexeu no verde ramo
e em seu sono ela até sorriu!

CORO 1 (enquanto o sol passa):
– Então, no céu, o sol passando
foi escutando a triste queixa:

CRIANÇA:
– Ó lindo sol, querido sol,
faz com que aquela maçã se mexa!

SOL:
– Sim, pois não! Enquanto eu passo,
desço do céu um raio meu
e beijo de leve a rosada face…
(ele toca a maçã com o braço estendido)

CORO 2 (bem devagar):
– Mas a maçã… nem… se… moveu.

CORO 1 (enquanto o passarinho se destaca do coro):
– Nisto, uma ave voa do ninho
e vem pousar ali bem perto.

CRIANÇA:
– Canta, canta, meu passarinho!
Assim, quem sabe a maçã desperta!

PASSARINHO:
– Pois não! Eu treino minha garganta
e solto meu canto com todo o alento.
(ele canta) “Piu-piu-piu-piu…”

CORO 2:
– Mas a maçã, enquanto ele canta,
cai num sono maaais sonolento.

CORO 1 (enquanto o vento de destaca e passa correndo):
– Quem passa agora e esvoaça?

VENTO:
– Eu sou o vento, que vem de repente,
que não beija nem canta com graça,
mas que sopra num tom diferente.

CORO 2 (enquanto o vento representa o que é dito):
– Oh! Ele pôs as mãos na cintura
e já tem as bochechas inchadas,
e sopra tanto lá das alturas
que a maçã acorda assustada.
(A maçã pula nas mãos da criança)

TODOS (cantam):
“Caiu a maçã no justo momento.
A criança agradece:
– Muito obrigada, senhor Vento!”

 

Fim

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