23 de novembro de 2017

Calendário do Advento em contos – 1ª semana

 

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Introdução e 7 contos de Georg Dreissig

Trabalho das professoras de Timburi – SP, durante a realização do projeto Dom da Palavra.

Muitas famílias cultivam no tempo que precede o Natal uma bela tradição: no “cantinho das festas do ano” vão montando aos poucos a paisagem, na qual Maria e José com seu burrinho vão para Belém. Na primeira semana do Advento, são espalhadas apenas pedras sobre um tecido marrom, sendo que as mais bonitas formam o caminho para a mãe de Deus. Na segunda semana, são postas plantas – pinhas e musgos, e também algumas plantas de vaso como “palmeiras”; –  na terceira semana, os animais – sobretudo as ovelhas no prado – finalmente, na quarta semana, os homens, os pastores que cuidam das ovelhas.

O surgimento da paisagem pode ser entremeado de pequenas histórias que, no decorrer das quatro semanas do Advento, introduzem sucessivamente os elementos da Natureza, o reino das plantas, dos animais e finalmente dos seres humanos.O livrinho foi feito para ser lido. Como calendário do Advento que, de história em história, vai avançando diariamente e conduz até a noite de Natal, é bem adequado para alunos. Para crianças pequenas seria bom escolhermos, de cada uma das quatro partes, só uma história para cada semana e a contarmos durante a semana inteira, talvez encerrando-a e tornando-a real na paisagem montada do Advento.O essencial na criação das histórias foi, principalmente, a alegria com a chegada do Natal. Ela não só despertou o prazer de narrar, mas, acima de tudo, o desejo de fazê-lo de maneira adequada à criança, mostrando que o acontecimento natalino é esperado ansiosamente no mundo inteiro. A sensibilidade deve ser despertada, de história em história, de modo que a luz do Natal aos poucos brilhe cada vez mais, até que na Noite Santa se irradie em toda a sua plenitude. Algumas sugestões eu devo a histórias natalinas conhecidas, principalmente aos doces relatos do poeta flamengo Felix Timmermans. O mais importante, porém, para o surgimento da coletânea foram, na verdade, dois olhos brilhantes e maravilhados de criança e duas orelhinhas que sempre queriam ouvir mais.       Georg Dreissig

Créditos

Realização da Escola Waldorf Rudolf Steiner
Título Original: Das Licht in der Laterne – Adventskalender in Geschichten
Autor: Georg Dreissig
Título em Português: A LUZ NA LANTERNA – Um Calendário do Advento em Histórias
Tradutoras: Ione Rosa Matera Veras, Mariliza Platzer e Edith Asbeck
Digitação de Vanessa V. B. Mendes e Walkiria P. Cavalcanti – Março de 2013.
Revisão de Ruth Salles – Setembro de 2017.

 

1. O CAMINHO DE PEDRAS PARA BELÉM

Maria e José estavam indo para Belém. O burrinho trotava animado na frente deles. José estava acostumado a caminhar e tinha um bom cajado; assim, podia dar passadas bem firmes. Maria, a querida Mãe Divina, esforçava-se o máximo para manter a mesma marcha. Mas seus pés delicados batiam volta e meia nas pedras escuras e pontudas do caminho. Mesmo cerrando os dentes para que sua dor não fosse percebida, uma lágrima escorreu de seus olhos. O burrinho nada percebeu, nem José, que estava muito ocupado em não errar o caminho. O anjo, porém, que acompanhava os três em sua caminhada, reparou que Maria chorava. Inclinou-se para ela e perguntou: “Ó querida serva do Senhor, por que você está chorando? Você está a caminho de Belém, onde dará à luz a Criança Divina. Isso não lhe dá alegria?” Maria respondeu: “Estou muito feliz em poder acolher a Criança, e também não me quero queixar. Só que as pedras escuras e pontudas cortam e ferem meus pés, de modo que é difícil para mim andar depressa.” Quando o anjo ouviu aquilo, pousou seu resplandecente olhar celestial nas pedras, e vejam só; elas se transformaram. Arredondaram suas arestas e pontas, tomaram belas cores brilhantes, e algumas ficaram até transparentes como vidro, faiscando na luz que emanava do Anjo.

Maria, então, pôde andar com segurança em sua estrada cintilante e colorida, e nenhuma dor dificultou de novo seu caminho para Belém.

 

2. O SEGREDO DA PEDRA GRANDE

Um dia, a caminho de Belém, Maria e José chegaram diante de uma imensa pedra. Esta ficava bem no meio da estrada e obrigava os viajantes a passar pela direita ou pela esquerda através do mato, ou a subir por cima dela. Porém havia algo de muito especial com essa pedra. Antes, quando a estrada estava sendo construída, sete homens fortes tiveram que usar toda a sua força, a fim de rolar a pedra para o lado. Mas quando, no dia seguinte, voltaram ao seu trabalho, a enorme pedra estava exatamente no seu antigo lugar, como se tivesse continuado sempre lá. Então, os homens fortes cuspiram nas mãos e se empenharam mais uma vez em seu duro trabalho. Rolaram de novo a grande pedra para fora do caminho e, no dia seguinte, novamente a encontraram onde ela estava antes. Dessa vez, os homens reclamaram mais ainda. Depois, pela terceira vez, puseram mãos à obra e, usando de toda a sua força, tiraram a pedra do caminho. Quando, porém, no dia seguinte encontraram a pedra novamente em seu antigo lugar, nenhum dos homens reclamou mais, e eles perguntavam uns aos outros o que aquilo queria dizer. Não conseguindo achar resposta às suas perguntas, procuraram por um santo homem, que vivia solitário em uma floresta, e lhe contaram a respeito da pedra que sempre voltava ao seu antigo lugar. O santo homem ouviu-os com atenção, abanou a cabeça compreensivamente e lhes respondeu: “Aquele que deve tirar essa poderosa pedra do caminho ainda não apareceu. Deixem-na aí onde ela está, e permitam que ela seja rolada desse lugar pela pessoa a isso destinada.” Os homens fortes seguiram seu conselho, e assim a pedra enorme continuou imóvel no meio da estrada, para aflição de muitos viajantes.

Também Maria e José pararam diante da pedra. Naturalmente José não a podia rolar para o lado, nem com a ajuda do burrinho. Enquanto eles assim ficaram parados pensativos diante do obstáculo, José bateu sem querer com seu cajado na pedra. Foi uma batidinha bem leve. Mas, assim que o cajado tocou na pedra, esta se partiu ao meio. As duas metades caíram, uma para a direita e outra para a esquerda do caminho. E agora se podia ver que a poderosa pedra tinha dentro dela uma porção de cristais, que brilhavam maravilhosamente à luz do Sol.

Pouco depois, chegou também o santo homem àquela estrada. Quando viu a pedra partida e os cristais faiscando em seu interior, seus olhos brilharam: “Aquele que estava destinado a tirar a pedra do caminho já apareceu.” – disse ele para si mesmo. E seu coração se encheu de alegria e esperança.

 

3. POR QUE A ÁGUA VIRA GELO NA ÉPOCA DO INVERNO
(lembrando que o Menino Jesus nasceu no hemisfério norte, quando era inverno)

Um dia, a caminho de Belém, Maria e José chegaram a um rio. Este não era muito largo, nem muito profundo, mas a água naquela época do ano era gelada. Quando o burrinho mergulhava nela seu casco, doía tanto que rapidamente ele o retirava de novo, e depois não havia meios de fazê-lo atravessar o rio. Em parte alguma se via uma ponte ou um barco. Que deveriam fazer? José já erguia seu manto para cruzar o rio a pé, carregando Maria nas costas. Mas isso Maria não quis aceitar, pois receava que o frio excessivo lhe fizesse mal à saúde. Em vez disso, ela se aproximou da margem e cantou baixinho: “Onda do rio, sempre tão esperta, pare, pare, fique quieta! Forme ponte, forme nosso chão! Assim todos passarão!”

Então, foi como se um delicado tinir de sinos respondesse de dentro d’água, e de repente o rio parou de correr e formou uma ponte, transparente como vidro, mas tão firme, que não só Maria, mas também José e o burrinho puderam passar por ela.

Desde esse dia, a água se transforma em gelo no inverno. Quando Maria carregava seu filho na Terra, ela não devia ser impedida em seu caminho. Devia poder caminhar segura por toda parte.

 

4. O MILAGRE NO POÇO

Naquela época em que José e Maria caminhavam com seu burrinho para Belém, as pessoas não tinham ainda torneiras em suas casas, daquelas que a gente só abre quando quer água. Não, elas tinham de pegar seus baldes, ir até o poço e dele tirar a água. Na maioria das vezes, eram mulheres e mocinhas que faziam isso. E, ao se encontrarem ali, gostavam de bater um papinho e contar as novidades. Foi o que fez Ruth naquela noite, quando pegou seu balde e foi até o poço. Mas, quando estava saindo de sua casa, ela notou no céu uma estrela que brilhava tão clara, que ofuscava todas as outras e até a lua, com seu brilho. A moça parou, olhando admirada para ela, e se esqueceu do tempo e do que ia fazer. Que será que aquela estrela, que brilhava tão maravilhosamente, queria anunciar? Só quando sentiu os dedos doerem de frio, Ruth despertou de seus sonhos e correu rapidamente para o poço. Lá não se via mais viva alma. Todas as outras moças já tinham ido embora. Rapidamente, Ruth pendurou seu balde na corrente, para fazê-lo descer ao poço. Mais aí ela hesitou de novo. Porque o espelho da água brilhava como se fosse puro ouro, e isso vinha da luz daquela estrela, que se refletia na água. “Que brilho, que resplendor!” – murmurava a mocinha, enlevada – “Ah, se a Vovó também pudesse ver isto!”. Mas a avó estava em casa, sentada em sua cadeira, pois suas pernas tinham enfraquecido com a idade, e não a sustentavam mais. Cuidadosamente, para que a água brilhante não se revolvesse, Ruth fez descer o balde. Mas, ao puxá-lo depois para cima, admirou-se naquela noite pela terceira vez; pois a água do balde também brilhava como ouro. Com cuidado, a menina pôs o dedo dentro da água e depois a provou: tinha o sabor de sempre. Ruth, então, tirou o balde da corrente e correu mais que depressa até a avó. “Veja só, Vovó!” – ela exclamou, assim que abriu a porta – “Veja o que lhe estou trazendo!” E então lhe mostrou a água, que brilhava tão maravilhosamente como ouro. “Olhe, a água conservou o brilho da estrela resplandecente, para que você também o possa ver.” – explicou a menina alegremente. Pensativa, a velha senhora olhou para a água dourada. Depois perguntou: “Que luz será essa, que está começando a brilhar sobre o mundo, que a água pura reflete seu brilho sem parar?” – e, virando-se para Ruth, continuou – “E em seus olhos ela também já começou a brilhar. Cuide bem dela.”

A notícia da água dourada se espalhou rapidamente pela região, e todas as pessoas corriam ao poço para pegar um pouco. Mas, por mais que tirassem a água, ela conservava o brilho. Ela o conservou, sim. Mas até quando? Até quando o Menino Jesus nasceu em Belém, e então a sua luz iluminou o mundo.

 

5. O QUE O VENTOU CANTOU PARA MARIA

A caminhada em terra desconhecida não era fácil para Maria. Poucas vezes ela havia saído de Nazaré e, até então, nunca experimentara pedir à noite por uma pousada, ou até dormir na beira da estrada. Durante o dia, quando o sol gentilmente iluminava o mundo e eles caminhavam rapidamente, para chegar a tempo a Belém, não era tão difícil. Mas, quando se deitavam à noite, Maria de repente notava como o coração lhe ficava pesado, e a saudade lhe apertava a garganta. Aí, no escuro, ela pensava em Nazaré, em sua casinha com as roseiras no jardim e o perfume do jasmim embaixo de sua janela; e se lembrava do som que o vento fazia quando passava por entre as folhas de árvores e arbustos, ou de quando desenhava suas ondas em cima do trigal. Ah, sim, para ela o vento, era seu amigo especial. Quando ele soprava de manhã pela janela aberta de seu quarto, ela já sabia, antes de olhar para fora, que tipo de dia iria fazer; sabia-o através de seu sussurro suave, ou de seu sopro raivoso, através dos odores ou da umidade que lhe trazia. Mas ali, naquele caminho, parecia estar soprando um outro vento, um vento de inverno, frio e desconhecido, e assim a Mãe Divina se sentia mais solitária.

Mas não é verdade: o vento sopra onde quer. Assim ele também soprava em volta de Maria e notava sua tristeza. Que poderia fazer para consolá-la? Ele se calou por muito tempo e pensou. Na verdade era inverno, e sua obrigação era assobiar muito através de todas as frestas e buracos, e uivar por todos os cantos. Mas a querida Mãe Divina estava em terra desconhecida, tão sozinha e desamparada… E, de repente, o vento começou a entoar outra melodia, um canto de primavera em Nazaré, das sementes brotando, das folhinhas novas aparecendo, da maravilha das flores e dos zumbidos das abelhas. Tão suave e ameno soava o seu canto de primavera, que Maria se sentiu aquecida em seu coração e adormeceu com alegria.

O bom vento! Ele não pôde deixar de se preocupar com Maria, a querida Mãe Divina. Por isso, não se admirem se, de repente, começar a ficar mais quente antes do Natal, a ponto de todos pensarem que o inverno já se foi. É apenas o vento cantando seu canto de primavera, para que Maria não se sinta tão sozinha e desamparada em terra estranha.

 

6. A AGULHA DE PRATA DA LUA E O FIO DE OURO DAS ESTRELAS

Cheio de tímida veneração, José olhava para a querida esposa, que carregava em seu ventre o Menino Jesus. Ele fazia tudo que imaginava para tornar a vida de Maria mais leve e mais bela. Mas José era um homem pobre: vestidos e joias, com que os ricos presenteavam suas esposas, ele não podia comprar para Maria. Isso às vezes lhe pesava muito, apesar de a querida Mãe Divina nunca se queixar de não ter nada com que se enfeitar.

Agora, eles estavam a caminho de Belém, e todos os dias sentiam, sofrendo, o que significava ser pobre: passavam fome – porque não tinham dinheiro para comprar algo para comer, e as pessoas não lhes davam nada – e dormiam ao relento, porque todas as portas das casas se fechavam diante deles. “Ela é a Mãe Divina,” – murmurava sempre José consigo mesmo – “e você a deixa andar por aí como uma mendiga.” Quase todos os dias ele imaginava o que poderia vender para conseguir comprar algo para Maria, para enfeitá-la e deixá-la feliz. Mas ele não possuía nada que fosse dispensável, exceto talvez seu cajado; e este ninguém compraria, pois o próprio José o havia cortado na floresta.

Uma noite, quando precisaram novamente dormir ao relento, José teve um sonho. Sonhou que um homem se aproximava e tocava em seu ombro. José podia reconhecer, pelas vestes do homem, que ele era muito rico. O homem, porém, não o olhava com desprezo, e sim bem amavelmente; quando José lhe perguntou o que poderia fazer por ele, o desconhecido respondeu: “Ouvi dizer que você quer vender seu cajado. Gostaria de adquiri-lo.” Admirado, José se abaixou para pegar o cajado, e aí notou que este não era entalhado na madeira, mas sim artisticamente forjado de ouro e prata. José o entregou ao desconhecido, e este disse: “Agora, também vou pagar por ele.” Com estas palavras, estendeu a mão direita para cima. De repente, o céu começou a emitir sons, e as estrelas mandavam fios dourados para baixo. O homem os pegou e os enrolou, como um grosso novelo, em volta do cajado. Depois, ergueu a mão esquerda e… veja só: para dentro dela deslizou a forma prateada de barquinho da lua e se transformou numa agulha prateada. Então o desconhecido tirou o novelo dourado do bastão e entregou novelo e agulha ao admirado José. “Leve isto como pagamento.” – disse ele. Assim que pronunciou essas palavras, desapareceu. José continuou olhando admirado o novelo de fios dourados das estrelas e a agulha prateada da lua e não sabia o que fazer com eles. Mas aí as coisas se moveram em sua mão. Sozinho, o fio de ouro se enfiou na agulha de prata e, por si só, esta começou a costurar. Ela costurava, com os fios dourados, estrelas brilhantes no manto azul de Maria, até acabar com todo o novelo; então o manto ficou parecendo uma cópia do céu. Aí, a agulha prateada se lançou outra vez até as estrelas e ficou sendo novamente o barquinho prateado da lua.

José acordou alegre no dia seguinte. Ah, que sonho lindo tivera! A seu lado, ele viu deitado o cajado de madeira que naquela noite fora tão transformado. Agora, ele era de novo seu velho cajado, como sempre. Então, quando seu olhar caiu sobre o manto azul de Maria, seu coração começou a saltar de alegria. Pois estrelas brilhantes estavam costuradas com fios dourados no pobre manto. Maria também ficou feliz e disse: “Ah, agora meu manto está, na verdade, fino demais para mim!”

Foi assim que Maria, embora José fosse tão pobre, pôde usar o lindo manto de estrelas da rainha do céu.

 

7. A LUZ NA LANTERNA

Titus, o estalajadeiro, pegou a lanterna, pois lá fora já escurecera. Ele ainda queria ir ao estábulo, para deixar lá feno fresco para Remus, o boi. Quando acendeu a vela, notou que ela já estava pequena, quase toda derretida. “Para um caminho curto ainda deve durar.” – murmurou ele. E saiu para o quintal. A luz suave da vela afugentava o escuro da noite. Chegando ao estábulo, Titus pendurou a lanterna num gancho do teto e começou seu trabalho. Ele estava justamente colocando o feno fresco dentro da manjedoura, quando ouviu sua mulher chamando: “Titus, onde você está? Chegaram hóspedes!” Então, o estalajadeiro deixou cair o feno e pegou a lanterna. Mas, nesse momento, a luz flamejou outra vez bem forte, para logo depois se apagar. “Não faz mal” – resmungou Titus. Deixou a lanterna pendurada sobre a manjedoura, e passou depressa pelo quintal escuro até a casa.

No dia seguinte, Titus já havia esquecido a lanterna. Somente à noite ele a procurou e se lembrou de que ela devia estar pendurada no gancho, em cima da manjedoura, no estábulo. Titus procurou uma vela nova para substituir a velha de dentro da lanterna. Mas, quando saiu para o quintal, viu uma luz suave brilhando através da pequena janela do estábulo. Admirado, ele coçou a cabeça. Quem teria acendido aquela luz ali? Ele mesmo não tinha visto que ela se apagara na noite anterior? Chamou sua mulher, pois ela também deveria olhar aquela luz misteriosa. “Esquisito, não é?” – resmungou ele, quando entraram no estábulo e contemplaram a luz dentro da lanterna. “Está ardendo simplesmente para nada.” A mulher respondeu: “Sabe-se lá por que não quer se apagar… É melhor não incomodá-la, até que ela se apague sozinha.” Assim aconteceu que, quando Maria e José com o burrinho estavam procurando hospedagem na noite de Natal, acharam o estábulo já iluminado com aquela luz suave. Ela continuou brilhando, até que a Criança Divina nasceu iluminando o mundo.

Mas agora vocês, com certeza, vão querer saber que luz misteriosa era aquela, que continuava brilhando na lanterna e nem pensava em se apagar. Não, realmente não era uma vela comum. Vou revelar a vocês. Uma estrelinha se havia introduzido na lanterna. Ela queria estar bem perto, quando a Criança Divina fosse nascer. Por isso, ela se meteu secretamente na lanterna e brilhava ali tão amorosamente. Se Titus tivesse olhado com cuidado, também ele teria percebido.

 

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Realização da Escola Waldorf Rudolf Steiner
Título Original: Das Licht in der Laterne – Adventskalender in Geschichten
Autor: Georg Dreissig
Título em Português: A LUZ NA LANTERNA – Um Calendário do Advento em Histórias
Tradutoras: Ione Rosa Matera Veras, Mariliza Platzer e Edith Asbeck
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