Die Waldorfpädagogik
in der öffentlichen Schule
Geschichte – Herausforderungen – Perspektiven
von Rubens Salles und Rosineia Fonseca
Conde PB
Chegamos em Conde, na Paraíba, no dia 25/4/2019. Essa visita foi incluída no nosso projeto por sugestão da Maria Aparecida, do Instituto Social Micael, de Aracaju. Ficamos hospedados na casa de Ricardo Lucena, irmão da prefeita Márcia Lucena, e fomos muito bem acolhidos também pelas coordenadoras Laura e Genilva, que já havíamos conhecido alguns dias antes, em Aracaju.
Höhepunkte
1- O projeto de implantação da Pedagogia Waldorf no município de Conde é bem novo, e demanda todo apoio possível. Ele foi criado por iniciativa da prefeita Márcia Lucena, mas, para que tenha vida longa, é fundamental que a comunidade de pais e educadores se aproprie do projeto. Para isso, a formação dos professores é um passo muito importante. Hoje, quatro coordenadoras pedagógicas do município estão fazendo a formação em Aracaju e procuram passar o que aprendem para as professoras. Mas o ideal seria que tivessem a formação no próprio município, o que demanda recursos que a prefeitura não dispõe no momento.
2 – As condições para o fortalecimento do projeto são muito boas, porque é nítido o interesse e o envolvimento de toda a equipe gestora. Prefeita, Secretária de Educação, Coordenadoras e Professoras estão todas empenhadas pelo sucesso do trabalho e as famílias já estão começando a perceber os resultados com seus filhos. Além disso, contam com o apoio técnico do Instituto Social Micael, de Aracaju, e têm a professora Maria Cabreira, com toda sua experiência, residindo no município. Para que o trabalho se fortaleça e prospere em Conde e região, seria muito importante haver um apoio financeiro para a formação dos educadores.
3 – Foi muito bonito de se notar que mesmo sem a formação ideal, as professoras com as quais conversamos estão realmente envolvidas e entusiasmadas com os resultados que percebem no seu trabalho com as crianças. O fato é que, quando as professoras começam a realizar seu trabalho a partir de algumas práticas básicas da Pedagogia Waldorf, como o ritmo diário, o brincar livre, as atividades de fazer pinturas, fazer o pão etc, e passam a tratar as crianças com mais compreensão, percebem que estas ficam mais calmas e seguras, e passam a olhar para a professora com mais admiração. Os pais também começam a perceber diferenças no comportamento das crianças em casa e comentam com as professoras, e elas então sentem que seu trabalho realmente está fazendo diferença e aumenta seu interesse em aprender mais sobre a pedagogia.
Einige Eckdaten der Gemeinde
Pessoas entrevistadas
Márcia de Figueiredo Lucena Lira – Prefeita municipal
Aparecida de Fátima Uchôa Rangel – Secretária de Educação, Cultura e Esportes
Maria Cabreira – Consultora voluntária do projeto
Educadoras
Genilva Souza – Coordenadora do Ensino Infantil
Laura Martini Falkenberg – Coordenadora da CREI Flor de Araçá
Maria Joédna Lucena Pereira – Professora
Fabiana Oliveira da Silva – Professora
Vaneide Souza Silva Vieira – Professora
Mães e pai de alunos
Maira Michele da Silva – mãe de aluna
Edivânia Ribeiro dos Santos – mãe de alunos
Maria Sabrina da Silva Brito – mãe de aluna
Geifferson dos Santos Pereira – pai de alunos
A implantação da Pedagogia Waldorf no município de Conde PB teve início por iniciativa da prefeita Márcia Lucena, e começou no Centro de Referência em Educação Infantil – CREI Flor de Araçá começou em 2018. Quatro coordenadoras da secretaria de educação do município estão fazendo a formação em Aracaju, no Instituto Social Micael, e são responsáveis por orientar as professoras. É o início de um trabalho com muito boas perspectivas. A escola fica no centro da cidade e atende cerca de 100 alunos.
Sobre Márcia Lucena
Márcia Lucena, eleita prefeita em 2016, é licenciada em Educação Artística pela Universidade Federal da Paraíba e mestre em Serviço Social. Teve uma longa carreira como educadora e gestora pública na área da Educação. Foi coordenadora do programa Pro Jovem e Pro Jovem Urbano em João Pessoa de 2005 a 2010, época em que João Pessoa teve os melhores índices nacionais dentre todas as capitais do país. Assumiu a Secretaria Executiva de Estado da Educação entre 2011 e 2012 e, em seguida, a titularidade da Secretaria de Estado da Educação, de 2012 a 2014. Também presidiu a FUNESC – Fundação Espaço Cultural, em João Pessoa.
Ela começou a sua carreira como professora aos 18 anos, quando dava aula para crianças, e criou um berçário. Essa experiência tem muito a ver com a implantação da Pedagogia Waldorf no município de Conde hoje, e é uma história muito interessante de se conhecer. Márcia nos recebeu em sua casa para um jantar, que ela mesma preparou, e nos contou essa história:
Depoimento de Márcia Lucena
prefeita do município de Conde PB
Márcia – Com 18 anos eu comecei a trabalhar em um Jardim de Infância, e achava que as crianças já vinham muito sofridas. Comecei a me preocupar com isso e a pensar em pegá-las antes do jardim de Infância e a sonhar com a ideia de ter um berçário. Eu amadureci essa ideia e consegui. Eu lia muito Piaget e nesse berçário queria fazer as coisas segundo Piaget, mas eu tinha também uma intuição forte e comecei a fazer as coisas no berçário e foi dando certo. Foram 30 bebês e fiquei com eles dos 4 meses aos 7 anos. Lá eu experimentei várias coisas. Os que mamavam tinham o horário das mães amamentarem. Tinha um quarto no berçário, todo forrado, onde eu colocava os bebês para brincarem bastante tempo com frutas e outros alimentos, e só depois eu dava a comida. Conforme eles cresciam eu ia buscando caminhos. Eu fazia muita coisa por intuição. Eu os levava para o quintal, dava bacias, barro, água, dava banho de mangueira. Fazia os alimentos junto com eles, e isso ajudava na aceitação dos alimentos. À medida que iam crescendo, eu permitia que eles subissem nos obstáculos, com a nossa supervisão. Com eles um pouco maiores, a gente saía para catar coisas no mato, brincar de se esconder e fazer árvore de Natal. A alfabetização foi muito sensorial, como por exemplo, escrever no chão com o dedo, um ajudar o outro a formar letras com o próprio corpo, uns falavam e os outros iam escrevendo. Quando ia sair na rua com eles, eu colocava uma corda com um nó para cada criança segurar. Eu dizia que cada nó era de um deles, e pra não largarem o seu nó. Uns cuidando dos outros, as crianças com idades diferentes juntas. Cada um tinha o seu processo, e os cadernos eram construídos, cada um do seu jeito, no seu ritmo. Eu mesma que alfabetizei todos. E os aniversários também, a gente construía todo o material necessário para o aniversário. E eles cresceram assim, se alfabetizaram assim, se alimentavam assim, ajudando a cuidar eles mesmos dos alimentos. Eles cresceram amigos, com um vínculo muito forte. Eu escrevia tudo sobre eles e entregava esses relatórios aos pais.
Então, essa experiência com o berçário foi muito forte. Eu não cobrava pelo meu trabalho. Eu morava na casa onde funcionava o berçário. No final, eu trazia todas as despesas para dividir entre os pais, porque o que eu queria era que eles deixassem os meninos viverem aquela experiência comigo. Isso já era o suficiente. Foi muito marcante. Já estão com trinta anos e são amigos. E são pessoas muito queridas, muito lindas. Os pais até hoje são ligados a mim. Eu tenho o registro de que esse afeto foi muito bom para a vida deles e para a minha também. Foi em João Pessoa. Isso sempre me acompanhou, e depois disso eu tive muitas outras experiências como professora, mas em todos os espaços a minha experiência sempre passou por aí, sempre com esse olhar para si, para o afeto, para o cuidado. Trabalhei também com formação de professores no interior, e também ia para a casa deles, cozinhava junto, ensinava a usar os talos pra cozinhar. Então, sempre tive essa coisa bem forte de achar que a educação é um processo de vida, não é um processo só de ensino e aprendizagem.
Então, quando eu chego aqui para ser prefeita, eu acho que esse é o lugar principal, o melhor lugar para se implantar uma política educacional. As pessoas precisam muito de orientação nesse sentido, de base teórica, porque a intuição é bacana, mas não é tudo. Quando eu conheci a Pedagogia Waldorf, eu falei: “Eu fazia exatamente isso com os meninos!” E é uma coisa que pode ser institucionalizada, pois existe a teoria, com os porquês já estudados. Acho que nada é por acaso. Eu faço parte de um grupo de mulheres e nesse grupo chegou a Maria Cabreira, que trabalha com essa pedagogia. Começamos a conversar. Fiz uma cirurgia e a Maria começou a me ajudar, e me ensinou desenhos de forma. Eu vi que com Maria morando aqui, isso não era um esforço só meu, pois ela poderia me ajudar. Conversei com ela e ela aceitou e é isso que tem acontecido. A gente começou por um CREI. E para coordenar essa creche eu pensei em alguém que pudesse sustentar isso num tripé. Eu com o poder, Maria com o estudo e a capacidade adquirida e Laura nessa coordenação, com a vontade e a juventude. Tudo isso movido por esse desejo interno de que a educação seja essa coisa maior.
Obs: Maria Cabreira foi uma das fundadoras da Escola Waldorf Viver, em Bauru, tem uma grande experiência como Professora Waldorf e também com a Pedagogia Curativa.
Márcia – A gente fica muito superficial na educação. Muita gente que está na área da educação hoje, não está exatamente por uma escolha. Está porque é o caminho mais fácil. Principalmente na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. E fica na superficialidade do processo. E na superficialidade o que é que tem? A espuma, o sal entrando nos olhos, o rebuliço. O incômodo está na superficialidade. Se você está na superficialidade da educação, você só consegue enxergar a trabalheira, o cansaço, os desafios. Se você aprofunda um pouquinho, você sai da turbulência da superfície e consegue fazer contato com outro tempo da educação. E nesse tempo você consegue criar, produzir, descansar, observar o outro e o tempo começa a render. O grande desafio da educação hoje é fazer com que os profissionais saiam da superfície.
Assista abaixo o depoimento da prefeita Márcia Lucena sobre outras experiências suas como professora, onde ela comenta outros pontos em comum com a Pedagogia Waldorf.
Entrevista com Aparecida de Fátima Uchôa Rangel
Secretária de Educação, Cultura e Esportes
Conversando com Cida Uchôa, ela nos disse que a introdução da Pedagogia Waldorf na rede municipal de educação em Conde teve início por iniciativa da própria prefeita Márcia Lucena, e que todos que se envolveram com o projeto estão muito entusiasmados.
Cida Uchôa – A gente está mergulhado nesse aprendizado. Está todo mundo muito feliz com o que está vendo, porque estão vendo uma coisa muito natural, uma coisa muito do aprender junto com o outro, aprender com o que a criança está trazendo também. Isso é meu sentimento, como eu vi e vivenciei com eles. As meninas daqui foram convidadas a fazer o curso de formação lá no Instituto Micael, em Aracaju, o que foi muito bom. A gente queria ter dinheiro para trazer para todo mundo, mas nesse início de governo nós encontramos o município num estado muito ruim financeiramente e a gente tem muito a fazer aqui, muito. Em primeiro lugar temos que resgatar a dignidade das pessoas deste município, e a prefeita está numa luta, que eu digo que é heroica. Há três anos as pessoas no município nem sabiam que tinham direito a reclamar que o filho não tinha alimento na escola e que a criança tinha direito de brincar, e as creches eram só depósitos de crianças.
Como a prefeita é professora, ela tem uma visão profunda sobre a educação. Eu passei 42 anos lutando pela educação também. Tanto é que meus dois filhos estudaram em escolas públicas em que trabalhei e dois estão formados e minha filha adotiva, que tem 17 anos, está no primeiro ano de Direito, na escola pública. Então, eu acredito na escola pública, e queremos fazer desse município uma grande escola de educação. Nós professores, precisamos acreditar. A educação e a vida são cíclicas, e tudo passa. É preciso que nessa passagem a gente vá deixando algumas sementes, sementes boas, nos tornando mais humanos e deixando que essa humanização vá contaminando as outras pessoas pra a gente ter um futuro melhor.
Entrevista com a professora Maria Cabreira
consultora voluntária do projeto em Conde
Conversamos também com Maria Cabreira, a quem fomos visitar junto com Laura, coordenadora da CREI Flor de Araçá. Na sua opinião, a ação mais importante para fortalecer o desenvolvimento de um projeto Waldorf para o ensino infantil em Conde, seria conseguir realizar a formação de professores no próprio município. Além de superar as dificuldades de deslocamento, considera fundamental formar pessoas envolvidas culturalmente com a região, pois a Pedagogia Waldorf deveria enriquecer-se com a cultura local.
Maria – É preciso resgatar versos e cantar coisas daqui. Tudo bem fazer uma mescla com o que já temos, mas é importante que se resgate o que é daqui. O artesanato aqui é riquíssimo! As fibras que eles usam aqui são maravilhosas. O primeiro trabalho que eu fiz dentro de um evento, foi com as areias daqui, a gente pintou com as areias da falésia. Não precisa ir longe para você buscar elementos para enriquecer a pedagogia. Vejo a necessidade de trazer a formação para cá, de ter um acompanhamento mais próximo, tirar dúvidas que as professoras têm no trabalho manual e na lida com as crianças.
Outra ação que considera importante é criar oportunidade para que aqueles engajados no projeto de introdução da Pedagogia Waldorf no município de Conde, tenham a oportunidade de conhecer o trabalho em escolas que já adotam há mais tempo essa pedagogia e poderem trocar experiências. Sua opinião corrobora a nossa de que é preciso criar uma rede de apoio a essas iniciativas, porque ninguém consegue realizar projetos assim sozinho.
Maria – Quando a prefeita Márcia me chamou para viabilizar essa creche, eu pensei: “Quem eu vou procurar que já está nesse caminho? A Cida de Aracaju”. A gente se comunicou, ela e Paulo vieram para cá para dar essa palestra inicial e fez toda diferença, pois eles vêm com uma bagagem de anos nesse caminho com a escola pública. Vão aparecer percalços, mas quando tem alguém que fala: “Faz assim, assim”, a chance de dar certo é bem maior.
Estamos num processo de trazer a formação para cá envolvendo a Universidade Federal da Paraíba. Fizemos um trabalho com a Universidade, e ouvimos muita coisa boa por parte dos alunos. Tem público com interesse nesse jeito de tratar a criança. A intenção é trazer a formação para dentro da Universidade e num segundo momento, montar uma creche piloto dentro da Universidade. Ainda se está pesquisando como isso pode ser viabilizado, se é curso de extensão, qual é o caminho, qual a abertura que a gente tem de trazer isso para cá. Se não sair pela Universidade, a gente vai viabilizar particular e vamos fazendo as parcerias. Se a gente quer um diferencial, a formação tem que vir para cá.
Assista a entrevista completa
Maria Cabreira participou da CONANE – Conferência Nacional de Alternativas para uma Nova Educação, em 2018, e nos relatou que houve grupos de conversa com professores de escolas públicas, e que ninguém nem conhecia a Pedagogia Waldorf. No entanto, se falou muito na necessidade de se conseguir envolver as famílias com as escolas, que é uma prática bem desenvolvida nas escolas Waldorf.
Maria – Está vindo de fora essa necessidade de trazer os pais para dentro da escola, para conhecer melhor essa criança, o ambiente onde ela vive. Pela Pedagogia Waldorf, a gente tem a facilidade de criar ambientes de oficinas, de mutirões, de trabalhos manuais, que vai despertando e esse envolvimento da família vai acontecendo.
Assista ao depoimento completo
Entrevistas com a equipe pedagógica
Entrevista com Genilva Souza – Coordenadora do Ensino Infantil
O meu sonho, em particular, é que em breve todas as escolas do município estejam inseridas nesse processo, porque hoje eu não consigo mais ver uma outra pedagogia que seja tão humanizada, que trabalhe tanto o ser humano, a criança. Eu sempre digo assim, que pra mim, conhecer a Pedagogia Waldorf foi um divisor de águas, porque eu já tenho mais de vinte anos de sala de aula, de trabalho com a educação, mas para mim foi antes da Pedagogia Waldorf e depois.[…] Acho que quanto mais tivermos escolas públicas que tenham essa visão, que tenham esse interesse, a gente vai ter um futuro muito melhor, muito melhor do que temos visualizado ou vislumbrado hoje.
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Entrevista com Laura Martini Falkenberg – Coordenadora da CREI Flor de Araçá
Na minha vida como mãe, eu comecei a ter um pouco mais de contato com esse mundo da criança. Para mim, estar nessa formação, eu me sinto muito realizada, porque é muito do que eu já acreditava. Eu já acreditava muito naquilo que a Pedagogia Waldorf propõe. Eu sabia que meu filho ter contato com a natureza era muito importante. Eu sabia que fazer as coisas por ele mesmo, com as mãos dele e não ter tudo pronto, era muito importante. Ter essa experiência sendo embasada pelo curso que a gente faz, quando a gente vê na prática, a gente diz: Nossa! É isso mesmo! E a gente se fascina. Toda vez que eu vou para lá, é um encontro comigo mesma e ao mesmo tempo, um encontro com essas crianças que eu fui chamada para guiar, ajudar. Eu sempre bato na tecla aqui no município é que eu queria muito que as professoras tivessem essa vivência do curso, porque tem a questão do mergulho em si mesmo, que é muito importante para estar junto das crianças.
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Assista abaixo o depoimento de Laura Martini Falkenberg sobre o período de adaptação das crianças no início do ano.
Entrevista com Vaneide Souza Silva Vieira – Professora
Quando eu cheguei e comecei a ver, fiquei encantada, porque aí vieram as lembranças da minha infância, que foi bem parecido com essa metodologia. Hoje em dia as crianças não têm mais isso, e está sendo um resgate na vida de cada um, o livre brincar, o aprender brincando. A minha infância foi assim, foi bem assim liberal. Eu brinquei na escola, eu fiz tudo isso que fazem aqui. Hoje em dia está tudo mecânico. […] A criança tem que ser criança.
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Entrevista com Fabiana Oliveira da Silva – Professora
Para mim está sendo maravilhoso, cada dia conhecendo mais (sobre a pedagogia). Eu, como tenho uma filha nessa faixa etária também, de 5 anos, o que eu estou aprendendo aqui, estou passando pra ela em casa e está sendo ótimo. A cada dia que passa, a gente está com aquela vontade de conhecer mais e passar mais. Maravilhosa!
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Entrevista com Maria Joédna Lucena Pereira – Professora
Começamos a implantar no município a escola Waldorf e foi meio assustador porque eu estava no tradicional. Fomos vendo algumas palestras, vídeos e fomos entendendo a pedagogia. Hoje já estamos mais engrenados e está dando certo. É uma coisa natural, é o que a gente faz em casa mesmo, com os filhos, deixamos eles bem à vontade e vamos aprendendo aos poucos. (Aqui eu) acho eles mais calmos. Eles gostam mais de brincar na terra. A gente deixa eles mais à vontade do que nas outras creches. […] Do ano passado pra cá, melhorou bastante.
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Entrevistas com mães e pais de alunos
Entrevista com Geifferson dos Santos Pereira – pai de alunos
A atividade está sendo bem trabalhada com eles aqui. Tem até atividade com as plantas, e ele chega em casa e quer aguar as plantas. “Papai quero aguar aquela planta ali, que eu aprendi com a Tia na escola!” Eu digo: “Vá lá que eu quero ver!” E a gente pega um baldinho e ele água as plantas. […] No café da manhã ele falou: “Eu fiz um pão desse!” É bem interessante o que eles aprendem aqui.
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Entrevista com Edivânia Ribeiro dos Santos – mãe de alunos
Quando eles vêm pra cá parece que estão em casa. Eu já vejo que estão sendo bem cuidados, bem tratados, amparados. Eles estão mais desenvolvidos em querer ajudar a gente em casa, estão mais ativos na comida (e antes só gostavam de comer mingau). “Mãe, eu quero isso, quero aquilo”. Eles não gostavam de verdura e agora estão gostando. Era uma coisa que eu não estava sabendo desenvolver em casa com eles, e aqui eles estão aprendendo tudo isso. […] O que eles aprendem aqui eles querem fazer em casa, tudo, tudo, tudo. Eu pergunto: “Você fez isso na escola?” “Eu vejo a Tia fazendo!” E quer fazer também, e aquilo ali fica desenvolvendo a criança. Eles estão tendo iniciativa na vida e se crescerem assim, está ótimo!
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Entrevista com Maria Sabrina da Silva Brito – mãe de aluna
Os alunos de escolas privadas tem mais acesso, e usufruem melhor da educação porque os pais pagam de forma direta. A gente está aqui, mas não é de graça, a gente paga de forma indireta, mas estamos pagando. Então, nada mais justo do que implantar o projeto que for melhor, e se dedicar melhor à educação brasileira, em especial na escola pública, porque geralmente está um caos. Então, de fato, quando tem a força de vontade, com mais a força da escola, e da equipe que está ali darem um apoio para as crianças subirem degrau por degrau, de forma gradativa, isso é algo esplêndido, muito bom […] Eu espero que esse projeto possa crescer ainda mais e se ampliar, acho que pro mundo inteiro, porque só de ouvir falar dele já me deixa muito feliz.
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Entrevista com Maira Michele da Silva – mãe de aluna
Eu tenho uma filha aqui na creche. Ela é especial (paralisia cerebral). Pra ela, essa pedagogia foi a melhor coisa. Eu vejo refletir em casa. […] Quando a gente chegou de São Paulo pra cá, Lorena não andava. Quando ela entrou na creche, ela se desenvolveu. Todo mundo que viu Lorena entrando e vê ela hoje, fica abismado com o desenvolvimento dela, como ela está esperta, como ela conhece as coisas. As atividades que ela faz, ela chega em casa e quer mostrar. […] Aqui a professora sempre tem contato comigo. Tudo que acontece com ela aqui dentro, eu sei. “Mãe, hoje a Lorena não comeu”. “Hoje a Lorena fez pão”. “Hoje eu estava arrumando a sala e ela pegou a vassoura e veio ajudar a gente a arrumar a sala.” Ela está aprendendo. Ela vendo os amiguinhos brincando, fazendo, pegando pecinha, pegando boneca. Ela nunca brincou de boneca. Ela via boneca, ela chorava. De um tempo pra cá ela pega a boneca, ela tem brincado com a boneca. […] Eles têm que brincar. Eles têm que ser criança. Infância não se compra outra. Pra ela, é o tempo dela. Ela está vivendo o mundinho dela. Pra ela está sendo ótimo!
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