Die Waldorfpädagogik
in der öffentlichen Schule
Geschichte – Herausforderungen – Perspektiven
von Rubens Salles und Rosineia Fonseca
Jundiaí SP
No dia 17/06/2019 estivemos em Jundiaí visitando a EMEB Manoel Aníbal Marcondes, mais conhecida como Quintal do Aníbal, quando conversamos com a diretora Rita Rozeno e com o coordenador Adriano Mastrorosa. Em outra visita no dia 7/08/2019 entrevistamos educadoras, mães e pais de alunos. A creche possui 140 alunos, sendo cerca de 10% crianças com necessidades educacionais especiais.
Höhepunkte
1 – Todas as iniciativas de se levar a Pedagogia Waldorf para a escola pública foram fruto do trabalho de uma pessoa ou um grupo coeso de pessoas profundamente dedicados à causa da educação, e que já vivenciaram as transformações que esta pedagogia é capaz realizar na vida das crianças e suas famílias. Este caso de Jundiaí não foge a essa regra. A transformação dessa creche em uma escola inspirada pela Pedagogia Waldorf começou há cerca de dez anos, quando Rita Rozeno assumiu sua direção e empreendeu essa mudança. Apresentamos abaixo este histórico nas suas palavras.
2 – Os pais das crianças do Quintal do Aníbal que conhecemos gostariam muito que seus filhos continuassem no ensino infantil em uma escola municipal, que também fosse inspirada na Pedagogia Waldorf. Consideramos que o município de Jundiaí tem nessa creche uma experiência consolidada, e que poderia ser estendida para outras creches e jardins de infância da rede, através de cursos e estágios para professores. É fácil de perceber os benefícios que essa iniciativa traria para as crianças, as famílias, as educadoras e a própria rede pública.
3 – Como nas demais iniciativas que visitamos, conhecemos no Quintal do Aníbal várias educadoras apaixonadas pelo seu trabalho inspirado na Pedagogia Waldorf e diversos pais muito envolvidos com a escola e felizes com o desenvolvimento de seus filhos. A cada experiência como essa, nos convencemos de que a Pedagogia Waldorf precisa ser muito mais conhecida e praticada na rede pública.
Alguns dados básicos sobre o município de Jundiaí SP
Endereço
Rua Cel. Lema da Fonseca 366 – centro – Jundiaí SP
Fone 11 4521-6882
[email protected]
Facebook
Pessoas entrevistadas
Rita de Cássia Rozeno de Souza Castro – diretora
Adriano Mastrorosa – coordenador
Educadoras
Maria Júlia César Vilhena – professora
Samira Alves de Lima – professora
Marli Aparecida Santos Bressan – professora
Illênia Peixoto Negrin – professora
Maria Lúcia Mayer – agente de desenvolvimento infantil*
Raquel Teresa Vieira – agente de desenvolvimento infantil
Paloma Aparecida Soares – agente de desenvolvimento infantil
Mães e Pais
Cecília dos Santos Reis Araújo
Mariana de Oliveira
Natália Biazotto Piccolo
Edson Passos Jr.
Christiano Ferreira dos Santos Basile
*Agentes de desenvolvimento infantil (ADI) são educadoras auxiliares que atuam como apoio aos professores de cada turma.
Uma história de transformação
Rita Rozeno – Há cerca de dez, onze anos, eu conheci a Luiza Lameirão, do seminário de formação em Pedagogia Waldorf. Eu era diretora e estava fazendo uma pós-graduação com ela. Ela me aconselhou que eu pegasse uma escola pequena e com crianças pequenas. Daí, eu pedi transferência para esta escola com cinquenta alunos. Eram tempos bem difíceis. Encontrei aqui as crianças muito segregadas, onde a principal ferramenta da educação pedagógica era a contenção física. Acredita-se que se precisa ensinar todos como se todos fossem um. Por isso é preciso parar todos, para que eles olhem para o professor.
Mas nós partimos do pressuposto de que os indivíduos são únicos e de que não é meu papel parar todo mundo para me ouvir. O meu papel é instigar a inteligência deles, estimular para que eles vão para o mundo aprender. Aqui tinha cancelinhas de contenção nas portas das salas que era para conter, de verdade. Tinha televisão, as crianças ficavam sentadas e eu fui procurar mexer nessas condições. Luiza Lameirão me orientou que eu procurasse a Renate Keller lá na Monte Azul. Aí eu fui para lá e ela foi gentilíssima comigo. Ela abriu as portas, me mostrou tudo e falou: “Passo pelas mesmas questões que você, pois não se trata de você ou da cidade, mas se trata de como o país pensa a educação. Então, todo espaço que pretende melhorar a qualidade a partir da base, vai ser um espaço de resistência.” A Renate me ofereceu o Projeto Político Pedagógico (PPP) dela. E disse que serviria como uma proposta pedagógica inicial, pois a proposta pedagógica é construída pelas pessoas.
Daí, começamos a fazer lá a formação para educadores sociais. Esse sair da escola, ir para um outro espaço aprender, serviu de muitas coisas, pois além de estudar, passamos a conviver como gente, fora do formato profissional e a criar vínculos. Comecei a ir atrás do Marcos Ferreira na USP, da Renata Meireles, fui à UNESP. Onde eu achava que tinha gente que podia ajudar, eu ia. Sair e ouvir as pessoas foi fundamental. Também assistimos a uma palestra do José Pacheco, e a gente voltou para cá com essa vontade de formar grupo, fundamentar a prática e reagir. As pessoas nunca disseram não para a gente. Isso também ajudou o grupo a perceber que o complexo de inferioridade era nosso. É verdade que a gente tem um país que é bastante difícil, mas que tem muita gente engajada no que a gente pensa, não estávamos sozinhas. A Renate falava que a gente nadava contra a corrente, mas só peixe vivo nada contra a corrente.
A gente foi seguindo. Inicialmente, as pessoas que estavam aqui, não somente acreditavam que conter as crianças fisicamente era uma estratégia pedagógica, como elas entendiam que educar as crianças passava pela violência, com grito, coação psicológica, essas coisas estavam muito arraigadas. Eu também trazia formadores para dentro da escola. Eu ouvi uma vez uma das professoras participando de uma formação e falando: “Eu não me lembro a última vez em que percebi que eu tinha corpo.” Aí eu fui entender que não era só uma visão de mundo, mas tinha a ver com a presença delas no mundo, como é que elas se percebiam. Elas não conseguiam ter alteridade com as crianças porque a infância estava tão distante do corpo delas, da vida delas, que elas não alcançavam o que era aquilo. Um ano e meio depois, elas começaram a tirar a televisão de dentro da sala. Os portões foram saindo também. Depois fomos mapear os espaços da escola a fim de que as crianças pudessem brincar em todos os espaços. E chamamos de “espaço” todo lugar que a criança podia vivenciar com o corpo dela, independente de ser ajudada por um adulto ou não; que fosse livre para criar, brincar. E percebemos que quase 70% da escola era “não espaço”. A gente chamou de “não espaço” todo espaço em que a criança não podia fazer isso. Por exemplo, o corredor, é um local de passagem e você tem que passar de um jeito específico, quieto. E não dá para você pedir isso para um menino pequeno. A gente teve que desmontar essas crenças. A gente desconstruiu as filas.
Depois a gente conheceu o CENPEC em 2011. Eles foram parceiros incríveis. A Pilar Tetilla foi nos educando. Ela é uma grande companheira da escola. Com o CENPEC ficamos dois anos. Fizemos um documentário, levaram a gente para um evento em São Paulo, foram várias ações. E essas ações que o CENPEC fez colocou a gente numa condição de continuar trabalhando sem desaparecer, pois conseguimos o prestígio da cidade e dos pais.
Nós apresentamos um trabalho de conclusão num curso e a Luíza Lameirão falou que com pouco conhecimento da Pedagogia Waldorf, a gente estava realizando o sonho do Rudolf Steiner, que é tirar a Pedagogia Waldorf de dentro dos muros e colocar no mundo. E eu também ia nos seminários uma vez por mês, levava as demandas daqui e eu tinha quarenta minutos com ela. Ela me disse assim: “Eu quero que você pare de escrever e pense que você está plainando, voando. Quero que você olhe lá de cima e que você desça, ponha os dois pés no chão e você vai ser tudo o que você está dizendo que a escola precisa ser.” Ela devolveu para mim uma responsabilidade que era encarnar a escola.
Professores – o desafio de conduzir processos que ampliem a experiência humana
Conhecemos várias educadoras da equipe, e tanto as professoras quanto demais auxiliares demonstraram estar muito bem integradas na proposta pedagógica da escola e felizes com o trabalho que estão realizando. O clima da escola é muito bom, e se reflete nas crianças e no reconhecimento das famílias, mas é fruto de um trabalho de longo prazo e constante quebra de paradigmas.
Rita Rozeno – A demanda de serviços é maior porque a gente está mexendo na base de algo que é paradigmático. O professor chega aqui e começa a perceber que ele não é tarefeiro. Ele precisa pensar, refletir sobre o que ele está fazendo, senão não dá conta. Somos de uma profissão em que não entendemos do nosso objeto de estudo, que é a criança, gente. Em primeiro lugar, temos que ser especialista em gente. O processo educativo não é maior do que aquele indivíduo que aprende naquele determinado momento da vida, se percebe de um jeito naquele determinado momento da vida. Se eu não entendo isso, estou fadada ao fracasso. A gente tem uma formação conceitual, muito conteudista e não passa por entender o que é “gente”. Num espaço onde você precisa gerir processos que ampliem a experiência humana, como é que você vai ampliar a experiência humana se a gente nada conhece de humanos, a partir de nós mesmos? Esse é o grande desafio.
Parte da formação dos professores a gente divide com a Angelim, a escola Waldorf da cidade. Quando tem curso lá, as professoras daqui vão. A outra parte, eu vou à formação e trago a formação para cá. A proposta pedagógica está bem clara para todos. Ela é difícil de fazer, mas todos têm vínculo com as crianças, respeito, as pessoas não gritam com elas. Essa delicadeza com as crianças está consolidada.
Maria Júlia César Vilhena – professora
Júlia – Eu conheci a Pedagogia Waldorf na faculdade (USP). Em 2015 eu fiz estágio aqui no Quintal e fiquei encantada com a escola. Gostei muito da forma de trabalhar. Eu já trabalhei na rede particular e na rede de Itupeva. A comunidade daqui dá para perceber que é bem diferente das que eu encontrei nas outras escolas. A gente percebe que os pais que estão aqui são mais atentos. É muito difícil trazer a família para a escola e aqui a gente consegue, aqui a gente tem isso, que eu acho essencial.
Assista a entrevista completa
Marli Aparecida Santos Bressan – professora
Marli – Sou professora aqui do Manoel Aníbal há dois anos, mas eu sou educadora aqui do Quintal desde 2009. Comecei como ADI, fui estudar, fui me formar e voltei como professora agora. Tenho uma longa história de carinho e amor por este lugar aqui. Eu vou e volto, sempre. Fui, fiquei um ano, depois fui para uma outra escola e voltei. Eu não sou efetiva da escola, mas eu espero ficar, porque a proposta me encanta muito, sempre me encantou. Aliás, foi o que fez eu me formar em educação, foi eu estar neste lugar, porque a princípio quando eu entrei na rede, eu mais me desencantei do que me encantei, nos formatos que ela tem. Mas quando eu cheguei aqui, passado o primeiro estranhamento, (porque primeiro teve um estranhamento, porque era diferente do que eu tinha visto) eu fui me encantando. Eu falo que aqui é minha casa, que aqui eu trabalho feliz. O que me faz ter esse encantamento é que aqui a gente prioriza a criança e o adulto é que se educa para fazer o certo, o correto para a criança.
Assista a entrevista completa
Samira Alves de Lima – professora
Samira – Sou professora aqui há seis anos. Eu vim do Fundamental. Eu sempre fui professora de alfabetização. Fui formada numa escola muito rígida e em contrapartida me tornei uma professora bem rígida também. Eu acreditava nesse autoritarismo do professor e nesse isolamento, nesse distanciamento da criança.[…] Nos primeiros seis meses eu me senti muito perdida. Aí, foi adaptação com a faixa etária, adaptação com a escola e adaptação com essa proposta que até então eu não conhecia, porque eu vim de uma escola muito diferente. Aí a gente começou a estudar, a escola começou a dar muita formação, a gente foi buscar algumas informações e hoje, depois de seis anos eu descobri que eu conheci muito pouco do que eu poderia ter aprendido, mas já caminhei bastante. Entender a criança, toda a complexidade e interesse que ela carrega, é uma tarefa diária. Hoje eu sou muito contente, muito feliz pela minha escolha. Acho que a escola mais me transformou como ser humano, do que eu tenha transformado na vida das crianças. Pra mim tem sido um aprendizado diário e uma quebra constante de paradigmas.
Assista a entrevista completa
Illênia Peixoto Negrin – professora
Illenia – Eu tenho estudado os princípios da Pedagogia Waldorf através aqui da escola e percebo que, de fato, foi a Pedagogia Waldorf que deu um rumo diferente para essa escola pública. Eu percebo que isso norteou a transformação dos educadores que hoje trabalham aqui, e que estão aqui há muitos anos, porque eu sou nova de casa, mas os professores que estão aqui há mais anos eu percebo que eles conseguiram transformar sua prática através desse olhar da Pedagogia Waldorf. Hoje eu também incorporo no meu dia a dia com as crianças vários elementos dessa pedagogia. Eu percebo o quanto isso é rico para a criança, e como isso de fato coloca a criança num papel de protagonista da sua própria infância.
Assista a entrevista completa
Agentes de desenvolvimento infantil – auxiliares preciosas
As Agentes de Desenvolvimento Infantil são educadoras auxiliares que atuam no apoio às professoras.
Rita Rozeno – Entre as Agentes de Desenvolvimento Infantil tem um grupo de mulheres que eram donas de casa. Vieram trabalhar por conta das condições financeiras. Essas pessoas não sabiam que a gente tem uma jornada que é só nossa. Descobrir esse jeito de pensar, não foi só para as crianças, foi para elas também.
Algumas delas, chegando aqui é que começaram a descobrir que tem um alguém dentro delas, que é individual e faz a sua história no mundo. Sua individualidade. Antes, tudo era fora. Essas pessoas ganharam um respeito dentro da estrutura da escola, que não tem a ver com o cargo delas, tem a ver com uma conquista de quem elas são como gente. São pessoas muito potentes, que facilmente cairiam no esquecimento se não estivessem num lugar que lhe dá voz. Quem ajuda a segurar essa escola são essas pessoas, que descobriram que a vida é mais do que trabalhar, pegar o dinheiro e consumir. É uma honra trabalhar com essas pessoas. Elas entendem que o que elas vêm fazer aqui é trabalhar pela educação das crianças pequenas. Tem a ver com uma ideia que o Rudolf Steiner teve lá atrás e eu não sei se ele mensurava isso, não faço ideia se ele tinha dimensão disso, de que, fazer um ambiente desse, do jeito que ele pensava a escola, poderia atingir as pessoas nesse grau, porque quando comecei, eu não imaginava. E comecei a ver as pessoas brotando, brotando e se tornando pilares. Eu tenho um orgulho imenso de trabalhar com elas!
Maria Lúcia Mayer – agente de desenvolvimento infantil
Maria Lúcia – Eu estou aqui há dez anos. Eu tenho mais de trinta anos de experiência em Educação Infantil, mas a pedagogia Waldorf, eu conheci aqui. Na pedagogia Waldorf eu me realizo como pessoa e como profissional. Aqui eu me realizo porque aqui eu tenho autonomia para criar, eu posso fazer o que eu gosto. Eu tenho essa autonomia para construir uma boneca com os pais, pra brincar com essa boneca com a criança, eu posso criar junto aos professores. A gente trabalha realmente em equipe. Sabe a hierarquia? A gente não sente, porque a gente trabalha em equipe.
Assista a entrevista completa
Raquel Teresa Vieira – agente de desenvolvimento infantil
Raquel – Esse grupo com que eu estou, estou desde o ano passado. A gente já criou um vínculo com os pais e acabamos construindo uma relação de confiança. Muitas coisas que acontecem em casa, eles vêm confidenciar o que a criança falou, e até quando elas fazem uma coisa errada em casa diferente do que fazemos aqui, eles sentem a liberdade e a confiança de falar pra gente, sem ter um julgamento. Os pais aprendem muito aqui na escola. Eu sou mãe de aluno também, e eu vejo pela minha experiência como mãe, se eu tivesse com meu filho em outra escola, em casa eu não estaria dando a educação que eu dou pra ele. Aqui os pais aprendem muito mais a valorizar o Ser criança.
Assista a entrevista completa
Paloma Aparecida Soares – agente de desenvolvimento infantil
Paloma – A minha relação com os pais sempre foi uma relação boa, tanto na escola anterior como nessa, mas aqui tem uma participação maior dos pais. Aqui a gente tem todo um trabalho, desde a gestão até nós educadoras e educadores, para que os pais participem da proposta da escola. A gente faz com que os pais acreditem que a escola só transforma quando todo mundo ajuda, quando todo mundo entende que a escola é de todos. […] A gente parte da proposta que a creche é um espaço onde a criança constrói identidade, onde a criança aprende o que é o mundo, onde ela descobre o mundo. Então é importante que desde pequena a criança saiba que o nosso mundo é composto por seres humanos iguais na sua humanidade, mas diferentes na sua diversidade.
A convivência com os pais
Rita Rozeno – Eu falo para as meninas: Não se trata de mim ou de vocês. Se trata dos meninos que acabaram de chegar no mundo e que eles não conseguem dar conta ainda deste mundo e que a gente precisa que eles compreendam neste momento que o mundo é um lugar bom. E vai ser por mim, por nós, por todos vocês que eles vão compreender isso. Fazer a educação dos pais é fundamental para que isso aconteça. Tirar os tablets, tirar os celulares e dar vida para as crianças. Fazer com que os pais queiram estar com as crianças é fundamental. Eu tenho uma tarefa fundamental, pois a criança precisa de um adulto de referência e às vezes esse adulto está aqui na escola.
Tem muitos pais que vêm pra cá porque amigos tiveram os filhos aqui ou porque eles ouviram falar da escola. Eles já vêm visitar a escola e eles querem essa escola, eles vão para a Secretaria e eles esperam essa escola. Às vezes esperam do 1 aos 2 anos e meio, mas eles querem colocar nessa escola. Eu tenho pai que também chega desavisado. A gente recebe várias crianças, muitas delas com espectro autista. Hoje 10% da escola são crianças com necessidades especiais, e algumas chegam aqui com estereotipias que não são próprias do espectro, mas que são da relação que elas tiveram com as pessoas. As crianças são de 1 a 4 anos, e se os pais das crianças com necessidades especiais entram com liminar e a criança consegue ficar mais um ano aqui.
Cecília dos Santos Reis Araújo – mãe de alunos
Cecília – Se você parar para pensar na sua necessidade como ser humano de contato com a natureza, e ver que seu filho tem a oportunidade de viver isso na escola, nem que seja por uma pequena parte do dia, vale a pena. Se você tiver um quintal na sua casa, vai ver que ele vai começar a aproveitar esse quintal 100%. Se você não tiver, vai ver que ele não vai ter mais aquela necessidade de ficar na TV ou no celular, ou de ficar ali trancadinho com brinquedos fabricados. Ele vai perder essa necessidade, e vai começar a perceber que ficar perto da mãe quando ela estiver cozinhando, quando ela estiver trabalhando, é divertido também. Ele vai encontrar diversão em lugares que você talvez não enxergaria.
Assista a entrevista completa
Mariana de Oliveira – mãe de aluno
Mariana – A gente conversa muito entre os pais, que é o legal da creche. Se a gente tivesse oportunidade estenderia até mais (o período das crianças nesta escola) porque a metodologia que é utilizada aqui na creche ensina a criança a viver. E não é viver confinada com celular, com TV, é viver em contato com a terra e com coisas que a gente tinha na infância e que hoje muita criança não tem. É bem legal essa parte. Então, por mim, meu filho teria isso até a faculdade, pois criaríamos crianças mais humanas, porque hoje estamos criando robôs. A gente olha as crianças e estão só no celular, e não tem o hábito de brincar, se conectar com a terra, se conectar com a natureza.
Assista a entrevista completa
Edson Passos Junior – pai de aluno
Edson – Aqui é ótimo! É inexplicável! É um mundo à parte. É impressionante como não têm projetos pedagógicos públicos parecidos com esse em todo lugar. Deveria ter mais. Quando a gente vira pais nunca vem com manual de instrução. Sorte que a gente encontrou aqui e a partir daí a gente passou a ser pais melhores, mais engajados com a causa da educação, porque a gente viu que aqui dá certo. A diversidade aqui é tratada como uma coisa natural e a gente aprende com eles. É uma forma de educação que vê realmente a pessoa.
Assista a entrevista completa
Christiano Ferreira dos Santos Basile – pai de aluna
Christiano – A minha filha chama a professora de amiga. “Ela é minha amiga!” Então a gente vê aquele monte de crianças e as educadoras ali naquele ambiente, com uma postura pacífica, uma postura calma, e a gente sabe que não é fácil num ambiente onde as crianças trazem todas as suas demandas do ambiente familiar, todas as suas inquietudes. Então a gente acaba aprendendo muito, não só com o desenvolvimento dela, dentro de um ambiente que tem uma proposta mais humanizadora, mas a gente percebe que o ambiente todo é construtivo porque ele valoriza esse comportamento. Então a gente olha isso e está sempre refletindo sobre nosso comportamento no dia a dia, dentro de casa.
Assista a entrevista completa
Natália Biazotto Piccolo – mãe de aluna
Natália – Eu havia pesquisado outras escolas e aqui eu me encantei com a metodologia. Fui até conhecer outras escolas, mas quando me falaram dessa e que tinha o conceito da Waldorf, eu me encantei. Eu vim aqui, conheci, fiz a inscrição e acabou dando certo dela entrar, e é apaixonante. É muito mais do que eu esperava. Aqui você vê um carinho que você não vê em outros lugares, em outras escolas. Se todo mundo tivesse a oportunidade de conhecer um pouquinho e deixar o filho, acho que não ia querer outro tipo de conceito, ou tipo de escola.
Assista a entrevista completa